quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A hora de dar tchau

Quatro dias, esse é o tempo que ainda tenho em Brasília. Depois de 20 anos morando na capital federal, chegou a hora de voltar para o Rio Grande do Sul. Bom? Ruim? Confesso que ainda não sei. Acredito que toda mudança tenha seus prós e contras, já os coloquei na balança diversas vezes e ainda não consegui chegar a uma razoável conclusão. Sendo assim, tenho motivos de sobra para acreditar que Aquele carinha lá de cima sabe o que faz. As vezes problemas que julgamos serem enormes, sequer problemas eram e com o tempo se mostram grandes oportunidades.

Apesar do tempo longe desse blog, novidades não me faltaram nesses últimos meses. Porém, nenhuma muito boa. Esse ano foi terrível para a minha saúde, desde fevereiro, sofri com diversas infecções urinárias, coisa comum em quem tem uma lesão medular, mas não tantas como eu tive. A culpa por isso foi de uma pedra na bexiga, sim na bexiga e nem me perguntem como ela foi parar lá, afinal geralmente os casos que escuto são de pedra nos rins, mas enfim, a retirei em uma cirurgia na semana passada. 

Ao todo, se fiquei dois meses sem tomar antibiótico neste ano foi muito. Consequentemente perdi peso, muito peso. Antes do acidente, meu peso sempre ficava perto dos 70 kg (tenho 1,82m), em setembro deste ano, cheguei a marca dos 52 kg e quando me pesei antes da cirurgia, atingi 48 kg e pela primeira vez me assustei. Não, não estou/sou anoréxico, a culpa foi mesmo da enorme quantidade de remédios para tratar das infecções. Muitos tiram a fome, causam dor no estômago e fica quase impossível comer alguma coisa. Sem contar que desde que passei a viver na cadeira, meu apetite diminiui consideravelmente, como pouco e esse pouco já me satisfaz.

Agora, livre da pedra e espero que por um bom tempo livre dos antibióticos, tentarei voltar ao normal, ganhar um pouco de peso. Nada me atrapalha mais do que ter que conviver com esses problemas. Minha sorte é que estamos na época do natal e festas de fim de ano, sem falar que para engordar nada melhor do que passar uns tempo perto da casa da vó, afinal para a maioria delas neto saudável é neto gordo, então, haja grostoli.

 Obrigado pela despedida e pela amizade, espero que seja um até breve e não um adeus.

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