domingo, 23 de setembro de 2012

É um ou outro

Sobre o UFC 152, confesso que fiquei um pouco espantado com as críticas feitas (pelos brasileiros) ao Vítor Belfort após perder para o americano Jon Jones.

No Brasil, boa parte do povo tende a depreciar os compatriotas após uma derrota. Se vence é o melhor do mundo, se perde, rapidamente achamos uma desculpa, uma maneira de desmerecer o derrotado. 8 ou 80, sempre.

Sem falar no péssimo hábito que temos de rivalizar, desnecessariamente, as pessoas, sejam atletas, artistas, políticos... Se você gosta da Ivete tem que odiar a Cláudia, se gosta do Silva tem que odiar o Belfort, se gosta do Neymar tem que ser contra o Messi... Fala sério, por quê? Gostar de tudo ou de todos é proibido? O brasileiro (alguns) tem o vício de se maltratar, de criar uma espécie de autopiedade, uma carência, quase um complexo de inferioridade ao modo extremo.

Veja bem, é lógico que a Ivete pode ser melhor que a Cláudia, ou vice-versa, mas isso não significa que apenas uma delas seja boa e a outra, obrigatoriamente, seja ruim.

Mas voltando à luta, ontem o Vitor perdeu porque o adversário foi melhor, ponto. Porém, segundo a "moda" atual, o bom da vez é o Anderson Silva, ou seja, Vitor é ruim e você tem que escolher: um para idolatrar e outro para odiar. Eu, orgulhosamente, fico em cima do muro. Caso não pense assim, respeitosamente, concordaremos em discordar.

" A scar simply means you were stronger than whatever tried to hurt you."
 Na vitrola

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