Quando criei o blog foi com o propósito de divulgar a minha história e conseguir recursos para minha recuperação. Graças a Deus e a ajuda de inúmeras pessoas, deu tudo certo. Conheci pessoas maravilhosas que me ajudaram das mais variadas maneiras. Através do blog, até hoje recebo histórias de pessoas com casos parecidos com o meu e outros nem tão parecidos assim, mas quase sempre com histórias impressionantes e que por vezes me fazem repensar e lembrar o que realmente importa na vida.
Sei que nem sempre é fácil colaborar financeiramente, mas as vezes o simples fato de compartilhar já pode fazer a mensagem chegar a quem possa ajudar. Conto com vocês, mais uma vez.
Abaixo o texto que recebi com toda a história.
"A história da Gabi.
Conheci a Gabi na escola. Estudamos juntas no colégio e ficamos
muito amigas. Ela era um amiga incrível! Sempre compreensiva, pronta
para ajudar quem precisasse. Não tinha quem não gostasse dela! De
verdade! Já sabia que seria psicóloga (e já treinava com as amigas,
sempre ajudando e dando ótimos conselhos.)
Como psicóloga, sempre foi determinada e romântica. Nunca quis
trabalhar em RH de empresas, por mais que o lado financeiro fosse mais
atrativo (e olha que ela precisava, viu! Andava sempre dura…). Trabalhou
na ala infantil do hospital do câncer (contava histórias de arrepiar),
na Casa da Aids e na Associação dos Moradores de Rua de São Paulo.
Sempre quis ajudar quem precisava. Trabalhava feito doida. Antes de toda
essa historia que vou contar, ela atendia em uma clínica onde sua
rotina era uma loucura! Uma vez vi a sua agenda de pacientes do dia e
fiquei chocada! Era tanta gente!! Costumava perguntar como ela aguentava
ouvir tantos problemas num dia só… Ao mesmo tempo, construía sua
carreira como psicóloga de consultório, atendendo pacientes
particulares. Ela amava ser psicóloga, apesar de toda dificuldade da
profissão.
Bom, continuamos muito amigas até hoje. Entretanto, a vida
complicou um pouco as coisas para a Gabi…Quando ela estava grávida da
primeira filha, vivendo um momento muito feliz depois de um período
muito triste (a mãe dela tinha falecido há uns 6 meses, de câncer) os
sintomas da doença começaram.
O começo foi uma dificuldade para ir ao banheiro. Ela fez um
ultrassom de bexiga e quando levou ao Urologista, ela já estava sentindo
uma fraqueza nas pernas. Quando o médico a viu caminhar com
dificuldade, pediu que ela fosse direto ao hospital para fazer exames.
Seguindo a recomendação do médico, ela saiu do consultório e foi direto
ao hospital e acabou sendo internada no mesmo dia. Era setembro de 2013.
Lá reviraram a Gabi do avesso, mas os médicos não conseguiam
diagnosticar o problema e a doença piorava a cada dia. As pernas
paralisaram, depois os braços, as mãos, o tronco, a visão foi ficando
escura até apagar totalmente. A dificuldade para deglutição era grande,
então foi introduzido um tubo no estômago para que a alimentação fosse
efetuada sem que houvesse o risco dela aspirar o alimento. Todo este
tempo, a Flora crescia dentro da barriga dela. Neste momento, ela já
respirava com muita dificuldade, então foi decidido que seria necessário
uma cirurgia para fazer a traqueostomia.
No dia 04 de novembro ela foi para uma cirurgia na qual o parto
foi realizado. Flora nasceu com 26 semanas e foi direto para a UTI
Neonatal, onde permaneceu por 3 meses. A Traqueostomia foi realizada e a
Gabriela foi internada na UTI. Foi um período muito dificil. Aos pouco a
respiração dela foi melhorando e ela pode sair da UTI e voltar para o
quarto.
Neste ponto, a doença estacionou, pois até então avançava a cada
dia. Foi terrível, não havia diagnostico, nenhum tratamento proposto
pelos médicos conseguia fazer a doença parar. Após quase 3 meses do
nascimento da Flora, as duas puderam se conhecer. A Flora foi conhecer a
mãe no quarto do hospital. Já não era possível enxergar, pegar ou tocar
na filha, pois seus movimentos já estavam limitados à poucas manobras
com a mão direita, e a visão totalmente apagada.
Flora recebeu alta e foi para a casa da Tia da Gabi, que deu todo
apoio e amor para a pequena, mas a Gabi continuou no hospital. Houve
uma alta, após muita burocracia do plano de saúde para liberar o home
care (ela precisa de cuidados 24 horas por dia), mas ela teve que
retornar ao hospital depois de poucos dias na casa de seus tios.
A alta definitiva ocorreu após aproximadamente um ano de
internação no hospital (por volta de setembro de 2014), quando ela foi
para sua casinha, junto com seu marido, o Edu, que é um marido exemplar e
cuida da Gabi com muito carinho. A Flora ainda demorou algumas semanas
para juntar-se a seus pais na sua casa.
Até hoje a situação é a mesma, nada melhorou. Na verdade, como já
informado outras vezes, a situação tem piorado cada dia, pois o estado
psicológico é péssimo, ela está afundada em uma depressão da qual
estamos tentando tirá-la com auxilio de médicos, terapeutas e remédios. O
estado físico também se deteriorou bastante, pois a depressão faz com
que ela não tenha vontade de fazer as fisioterapias, que são essenciais
para, pelo menos, manter seu estado físico (muscular). Está cada vez
mais difícil entender sua fala. A alimentação continua sendo efetuado
via gastrotomia.
Com a ajuda de um grupo de amigos, a Gabi começou um tratamento
mais intensivo na Fundação Selma na semana passada. O tratamento
psicológico está surtindo algum efeito, pois ela tem se mostrado mais
animada para a fisioterapia.
A Flora, está ótima, maravilhosa, cada dia mais linda.
Entretanto, também luta diariamente na fisioterapia para se livrar das
consequência de uma paralisia cerebral, decorrente de uma convulsão que
teve com poucos dias de vida na UTI Neonatal. Os médicos estão muito
otimistas, acreditam que ela terá uma ótima recuperação. Outro obstáculo
para a Flora, foi um problema cardíaco que a levou a uma cirurgia
cardíaca com 1 mês e meio de vida. Ainda é possível que ela seja
submetida a outras cirurgias no futuro para corrigir definitivamente
este problema.
Os tios (os pais da Gabi já faleceram) ajudam muito, assim como o
resto da família e amigos próximos, mas as despesas são muitas, tanto
para a Gabi, quanto para a Flora, por esta razão iniciamos esta campanha
para arrecadar fundos para comprar um carro adaptado para que nossa
amiga possa ser transportada de forma adequada e segura para a
fisioterapia, para os médicos e também para casa dos amigos (ela precisa
de um pouco de distração, algo que a tire da escuridão).
Já conseguimos quase R$ 35.000,00 com a doação de pessoas
maravilhosas que se sensibilizaram com esta historia tão difícil.
Precisamos, ainda, de R$ 20.000,00 (o valor do carro é cerca de R$
55.000,00). Quem puder ajudar, agradecemos de coração! Obrigada!
A Gabi pediu que eu agradecesse a todos que ajudaram. Ela ficou muito feliz e sensibilizada com o apoio de tantas pessoas. Lembramos que as doações devem ser efetuadas na conta abaixo e
pedimos que os doadores enviem um e-mail para nossa a amiga Pri (titular
da conta) – pri.cmtf@gmail.com – com nome, CPF e valor doado para que
ela possa justificar para o Imposto de Renda a entrada do dinheiro como
doação, e quem doar poderá fazer o mesmo.
Banco: Santander Agência: 0083 CC: 01055090-3
CPF: 268.008.198-67
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