sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A história da Gabi

Quando criei o blog foi com o propósito de divulgar a minha história e conseguir recursos para minha recuperação. Graças a Deus e a ajuda de inúmeras pessoas, deu tudo certo. Conheci pessoas maravilhosas que me ajudaram das mais variadas maneiras. Através do blog, até hoje recebo histórias de pessoas com casos parecidos com o meu e outros nem tão parecidos assim, mas quase sempre com histórias impressionantes e que por vezes me fazem repensar e lembrar o que realmente importa na vida.

Sei que nem sempre é fácil colaborar financeiramente, mas as vezes o simples fato de compartilhar já pode fazer a mensagem chegar a quem possa ajudar. Conto com vocês, mais uma vez.

Abaixo o texto que recebi com toda a história.

"A história da Gabi.
Conheci a Gabi na escola. Estudamos juntas no colégio e ficamos muito amigas. Ela era um amiga incrível! Sempre compreensiva, pronta para ajudar quem precisasse. Não tinha quem não gostasse dela! De verdade! Já sabia que seria psicóloga (e já treinava com as amigas, sempre ajudando e dando ótimos conselhos.)

Como psicóloga, sempre foi determinada e romântica. Nunca quis trabalhar em RH de empresas, por mais que o lado financeiro fosse mais atrativo (e olha que ela precisava, viu! Andava sempre dura…). Trabalhou na ala infantil do hospital do câncer (contava histórias de arrepiar), na Casa da Aids e na Associação dos Moradores de Rua de São Paulo. Sempre quis ajudar quem precisava. Trabalhava feito doida. Antes de toda essa historia que vou contar, ela atendia em uma clínica onde sua rotina era uma loucura! Uma vez vi a sua agenda de pacientes do dia e fiquei chocada! Era tanta gente!! Costumava perguntar como ela aguentava ouvir tantos problemas num dia só… Ao mesmo tempo, construía sua carreira como psicóloga de consultório, atendendo pacientes particulares. Ela amava ser psicóloga, apesar de toda dificuldade da profissão.

Bom, continuamos muito amigas até hoje. Entretanto, a vida complicou um pouco as coisas para a Gabi…Quando ela estava grávida da primeira filha, vivendo um momento muito feliz depois de um período muito triste (a mãe dela tinha falecido há uns 6 meses, de câncer) os sintomas da doença começaram.

O começo foi uma dificuldade para ir ao banheiro. Ela fez um ultrassom de bexiga e quando levou ao Urologista, ela já estava sentindo uma fraqueza nas pernas. Quando o médico a viu caminhar com dificuldade, pediu que ela fosse direto ao hospital para fazer exames. Seguindo a recomendação do médico, ela saiu do consultório e foi direto ao hospital e acabou sendo internada no mesmo dia. Era setembro de 2013. Lá reviraram a Gabi do avesso, mas os médicos não conseguiam diagnosticar o problema e a doença piorava a cada dia. As pernas paralisaram, depois os braços, as mãos, o tronco, a visão foi ficando escura até apagar totalmente. A dificuldade para deglutição era grande, então foi introduzido um tubo no estômago para que a alimentação fosse efetuada sem que houvesse o risco dela aspirar o alimento. Todo este tempo, a Flora crescia dentro da barriga dela. Neste momento, ela já respirava com muita dificuldade, então foi decidido que seria necessário uma cirurgia para fazer a traqueostomia.

No dia 04 de novembro ela foi para uma cirurgia na qual o parto foi realizado. Flora nasceu com 26 semanas e foi direto para a UTI Neonatal, onde permaneceu por 3 meses. A Traqueostomia foi realizada e a Gabriela foi internada na UTI. Foi um período muito dificil. Aos pouco a respiração dela foi melhorando e ela pode sair da UTI e voltar para o quarto.

Neste ponto, a doença estacionou, pois até então avançava a cada dia. Foi terrível, não havia diagnostico, nenhum tratamento proposto pelos médicos conseguia fazer a doença parar. Após quase 3 meses do nascimento da Flora, as duas puderam se conhecer. A Flora foi conhecer a mãe no quarto do hospital. Já não era possível enxergar, pegar ou tocar na filha, pois seus movimentos já estavam limitados à poucas manobras com a mão direita, e a visão totalmente apagada.

Flora recebeu alta e foi para a casa da Tia da Gabi, que deu todo apoio e amor para a pequena, mas a Gabi continuou no hospital. Houve uma alta, após muita burocracia do plano de saúde para liberar o home care (ela precisa de cuidados 24 horas por dia), mas ela teve que retornar ao hospital depois de poucos dias na casa de seus tios.

A alta definitiva ocorreu após aproximadamente um ano de internação no hospital (por volta de setembro de 2014), quando ela foi para sua casinha, junto com seu marido, o Edu, que é um marido exemplar e cuida da Gabi com muito carinho. A Flora ainda demorou algumas semanas para juntar-se a seus pais na sua casa.

Até hoje a situação é a mesma, nada melhorou. Na verdade, como já informado outras vezes, a situação tem piorado cada dia, pois o estado psicológico é péssimo, ela está afundada em uma depressão da qual estamos tentando tirá-la com auxilio de médicos, terapeutas e remédios. O estado físico também se deteriorou bastante, pois a depressão faz com que ela não tenha vontade de fazer as fisioterapias, que são essenciais para, pelo menos, manter seu estado físico (muscular). Está cada vez mais difícil entender sua fala. A alimentação continua sendo efetuado via gastrotomia.

Com a ajuda de um grupo de amigos, a Gabi começou um tratamento mais intensivo na Fundação Selma na semana passada. O tratamento psicológico está surtindo algum efeito, pois ela tem se mostrado mais animada para a fisioterapia.

A Flora, está ótima, maravilhosa, cada dia mais linda. Entretanto, também luta diariamente na fisioterapia para se livrar das consequência de uma paralisia cerebral, decorrente de uma convulsão que teve com poucos dias de vida na UTI Neonatal. Os médicos estão muito otimistas, acreditam que ela terá uma ótima recuperação. Outro obstáculo para a Flora, foi um problema cardíaco que a levou a uma cirurgia cardíaca com 1 mês e meio de vida. Ainda é possível que ela seja submetida a outras cirurgias no futuro para corrigir definitivamente este problema.

Os tios (os pais da Gabi já faleceram) ajudam muito, assim como o resto da família e amigos próximos, mas as despesas são muitas, tanto para a Gabi, quanto para a Flora, por esta razão iniciamos esta campanha para arrecadar fundos para comprar um carro adaptado para que nossa amiga possa ser transportada de forma adequada e segura para a fisioterapia, para os médicos e também para casa dos amigos (ela precisa de um pouco de distração, algo que a tire da escuridão).
Já conseguimos quase R$ 35.000,00 com a doação de pessoas maravilhosas que se sensibilizaram com esta historia tão difícil. Precisamos, ainda, de R$ 20.000,00 (o valor do carro é cerca de R$ 55.000,00). Quem puder ajudar, agradecemos de coração! Obrigada!

A Gabi pediu que eu agradecesse a todos que ajudaram. Ela ficou muito feliz e sensibilizada com o apoio de tantas pessoas. Lembramos que as doações devem ser efetuadas na conta abaixo e pedimos que os doadores enviem um e-mail para nossa a amiga Pri (titular da conta) – pri.cmtf@gmail.com – com nome, CPF e valor doado para que ela possa justificar para o Imposto de Renda a entrada do dinheiro como doação, e quem doar poderá fazer o mesmo.

Banco: Santander Agência: 0083 CC: 01055090-3 
CPF: 268.008.198-67 
Nome: Priscilla de Carvalho Monasterio Telles Ferreira"

Fonte: www.minhasdikas.com

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