quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Era uma vez o futebol

Foto: Márcio Neves
O futebol não é teatro e os dirigentes brasileiros estão querendo adestrar o torcedor. Não estou me referindo aos baderneiros que usam o time como desculpa e vão exclusivamente para brigar, esses merecem sim serem banidos dos estádios de futebol, independente de torcerem para o Grêmio, para o Inter ou qualquer outro time. Lugar de bandido é na cadeia, seja vestindo azul ou vermelho.

Porém, esse tipo de torcedor que visa unicamente a violência pode estar causando o princípio do fim dos torcedores brasileiros e seu típico jeito de torcer. Eu já achei lamentável quando fecharam a famosa geral do Maracanã. Nos privaram de cenas memoráveis a cada clássico carioca, era lindo e divertido.

A bola da vez é o Grêmio, sobre o qual falo com razoável conhecimento de causa. Devido a recentes brigas de meia dúzia de baderneiros, dentro e fora do estádio, começou uma verdadeira caça as bruxas entre os gremistas. Tal processo se agravou ainda mais com a quebra do alambrado da Geral durante a avalanche feita pelos gremistas a cada gol marcado.

Na tarde desta quinta-feira, o presidente gremista Fábio Koff anunciou que, na área onde é feita a avalanche, serão colocadas cadeiras para dar fim a tal comemoração. Ok, em primeiro lugar a segurança, entendo a preocupação. O que não entendo é a opção por colocar cadeiras. Quem vai naquela área, canta, vibra e pula o jogo inteiro. Quem vai na Geral quer e gosta de ficar em pé. Se querem barrar a avalanche, que o façam colocando mais barras de segurança, mas não obriguem os torcedores a sentarem.

Existem soluções mais inteligentes e que não possuam caráter punitivo a todos os torcedores pela culpa de meia dúzia. Futebol não é teatro, dane-se a Europa e seu estilo de assistir futebol. Somos diferentes, torcemos diferente. O problema é que, com a desculpa de acabar com a violência, estão acabando com o futebol, ou melhor, com os verdadeiros torcedores.






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