domingo, 24 de fevereiro de 2013

A falta da fisioterapia

Ao longo dos últimos 6 anos, a fisioterapia fez parte quase que diariamente da minha vida. Cinco, as vezes quatro, mas nunca menos que três vezes por semana, lá estava eu na bendita fisioterapia e assim foi até aproximadamente junho do ano passado, quando parei. Sim, cometi o ato que eu mais condenava quando vinham conversar comigo sobre recuperação e no que eu acreditava. Porém, não foi e nem tem sido fácil arcar com as consequências da decisão. É óbvio que não parei por comodismo, não foi por que eu quis, mas sim por que precisei.

Hoje, vejo com clareza os prejuízos que acumulei desde então, neste quase um ano parado. O meu corpo, definitivamente, já não é o mesmo, perdi muito peso e minha musculatura enfraqueceu nitidamente. Movimentos feitos com extrema facilidade, hoje já não são assim tão simples. Dores musculares que eu havia esquecido, aos poucos vão reaparecendo. Sinto como se estivesse envelhecendo anos em meses. Exagero? Acredito que não, principalmente ao comparar como eu estava na época mais intensa de exercícios e de como estou agora.

Assim que voltei do Project Walk, dei continuidade aqui em Brasília e com isso consegui manter a forma e continuar evoluindo. O que me espantou foi a velocidade e a facilidade com que perdi, em um ano, muito do que havia conquistado ao longo de seis. Claro que não perdi tudo, mas o suficiente para começar a me preocupar.

Apenas estou escrevendo a respeito disso pois frequentemente ainda me perguntam sobre a fisioterapia e principalmente para alertar quem pensa em desistir. Lógico, cada um sabe como o corpo reage melhor, eu sempre me dei muito bem com um ritmo intenso de exercícios, quanto mais, melhor eu me sinto. Penso em fisioterapia com um investimento a longo prazo, pois mesmo que no dia a dia a recompensa não apareça, no futuro ela com certeza aparecerá e com juros.

Como disse, eu tive que optar por parar, por vários motivos. Atualmente, continuo estudando para concursos, meta que me propus a realizar por até três anos, um já foi. Em 2012 consegui ser aprovado em três concursos, mas não assumi nenhum por julgar não serem ainda o que eu preciso. Sigo em busca do meu objetivo, sinto estar cada vez mais perto, mesmo que as vezes surjam dúvidas sobre estar fazendo a coisa certa, dúvidas que não deixam a cabeça lá muito boa para estudar.

É complicado, pois preciso do concurso para voltar à fisioterapia, mas ao mesmo tempo penso no período que estou sem fisioterapia, no que pode acontecer, nos prejuízos que irei acumular… enfim, só espero estar fazendo as escolhas certas e ter sabedoria e paciência suficientes pra compreender tudo da melhor maneira possível. No fim, se tudo der errado, ainda tenho a opção de recomeçar. Não será a primeira e tenho certeza que nem a última vez, afinal, acredito que a cada erro que cometemos ficamos mais próximos do acerto.

"Ninguém planeja fracassar. As pessoas fracassam por não planejar."
Jim Rohn

Na vitrola:

2 comentários:

Anônimo disse...

Valeu pelo texto, estava precisando ler algo assim, sobre escolhas, consequências, futuro, recomeço.
E vamos em frente!
Abraço!
Darton

Lizia disse...

Você me inspira demais, mesmo sem saber você me faz ter esperanças novamente. Beijo e boa sorte com a escolha.