Opa! Neste final de semana resolvi ir ao teatro. Mais especificamente ao famoso Teatro Nacional aqui de Brasília. Fomos assisr a peça Dingou Béus, dos Melhores do Mundo. Excelente, como sempre. Mas quando chego a lugares públicos e com grande movimentação de pessoas, não consigo deixar de reparar na estrutura e na qualidade de acesso para os deficientes. É inevitável e sempre me vem a pergunta: Por que é tão difícil?
Seguramente, mais de 10 mil pessoas circularam pelo Teatro Nacional entre sexta, sábado e domingo. Isso apenas para assistir aos Melhores do Mundo. O teatro possui uma ótima localização, fica no centro de Brasília e é um famoso cartão postal da capital.
Primeiro, os pontos positivos: o elevador que da acesso a sala estava funcionando, coisa rara. E, dentro da sala, as cadeiras são confortáveis e o acesso muito fácil. O problema é mais especificamente fora, no entorno do teatro. A começar pelo estacionamento. Caso não se pare na porta para desembarcar com a cadeira, as demais vagas são distantes, com péssima iluminação e nenhum acesso. Minto, até tem uma rampa, mas para se chegar a ela, é preciso "escalar" uns 5 ou 6 paralelepípedos e andar na grama. Sem falar nos buracos na própria rampa, o que acaba travando a cadeira a todo momento.
As pessoas? Ah, as pessoas, a grande maioria continua sem ter o chamado "desconfiômetro". Encaram de uma maneira que eu chego a ficar com vergonha alheia por elas. Um cadeirante na rua, no mesmo ambiente de "pessoas normais", ainda é um ser mítico, me sinto um ET. Existem exceções, a maioria delas são crianças, que agem naturalmente. Os que oferecem ajuda também existem, são raros, mas existem.
Era isso, sinto que as coisas estão melhorando, mas ainda muito devagar. Acho inadmissível um lugar como o Teatro Nacional não servir de exemplo para as demais obras e prédios públicos. O que falta fazer é fácil, com poucos sacos de cimento e uma pequena dose de boa vontade, tudo se resolveria, rapidamente.
"It always seems impossible until it is done"
Nenhum comentário:
Postar um comentário