quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quando a vaca vai pro brejo

 
É incrível a capacidade que o Grêmio tem de alterar o meu humor, tanto para o bom quanto para o mal. Por este motivo, pensei se deveria ou não escrever sobre o assunto. Mas como não tenho feito muita coisa ultimamente, cá estou para movimentar o blog.

Para os que ainda não conhecem o meu "gremismo", sou daqueles que, antes de agendar um compromisso, dou uma espiadinha na tabela de jogos do Grêmio. Caso tenha jogo na data requisitada, não importa o compromisso, sempre surge a velha, boa e famosa frase: "Não posso, tem jogo do Grêmio". 

Hoje acordei com a cabeça explodindo. Até tentei lembrar se havia enchido a cara depois do jogo. Aliás, só não o fiz porque não tive como ir, se tivesse, com certeza teria tomado uns dois litros, um para cada gol sofrido. Como não deu, cá estou novamente com meu Toddynho.

Sobre o resultado, levar 2 a 0 em casa, no primeiro jogo de uma semifinal de mata-mata da Copa do Brasil é fatal. Porque? Simplesmente porque ao longo dos 22 anos da competição, jamais uma equipe reverteu tal placar. Mas não é o Grêmio, o Imortal? Exatamente, e apenas por isso eu me agarro a um fio de esperança. Tenho certeza que os adversários, os "secadores" de plantão, embora jamais admitam, possuem este receio.

Aqui vão 3 exemplos que baseiam a minha pequena esperança:

1995: Na Libertadores, contra o mesmo Palmeiras, o Grêmio venceu por 5 a 0 o primeiro jogo no Olímpico. Nem o mais fanático palmeirense acreditava em uma reviravolta. No segundo jogo, o Grêmio ainda saiu na frente em São Paulo, sepultando de vez o adversário? Longe disso, os paulistas reagiram, fizeram 5 gols e quase conseguiram reverter.

1996: Final do Campeonato Brasileiro, no primeiro jogo a Portuguesa, em São Paulo, venceu o Grêmio por 2 a 0. Na volta, em casa, o Grêmio repetiu o placar e sagrou-se campeão.

2010: Semifinal da Copa do Brasil, contra o Santos de Neymar, Ganso e Robinho. O Grêmio, em Porto Alegre, saiu perdendo por 2 a 0 e conseguiu a virar e vencer por 4 a 3. Foi no mesmo jogo, com muito menos tempo para reverter e mesmo assim, foi possível.

São casos diferentes, com mandos de campo, situações e times diferentes, mas o que vale ressaltar é a qualidade das equipes. Me arrisco, por exemplo, a dizer que é mais difícil o Santos reverter o placar sobre o Corinthians do que o Grêmio sobre o Palmeiras, tudo pela qualidade dos times.

É difícil? MUITO! É impossível? JAMAIS!
Mas apesar dos exemplos que usei para mostrar que é possível, e do singelo fio de esperança, eu acho que o duelo da Copa do Brasil foi decidido ontem. Infelizmente e por um simples motivo: Luiz Felipe Scolari, o especialista nesse tipo de enfrentamento. Não reconhecer a capacidade do Felipão é cuspir nos títulos conquistados pelo próprio Grêmio na década de 90.

Um comentário:

Lucas Bergamo disse...

Concordo, coplicou a coisa, mas Grêmio é Grêmio. Fácil pro Palmeiras não será.