segunda-feira, 18 de junho de 2012

Brasil, um país de tolos

Opa, mais uma semana que começa, mas pra falar a verdade, a passada ainda nem terminou pra mim. Por quê? A resposta é a mesma dos últimos meses: Concurso Público. Neste final de semana fui mais uma vez treinar, ver na prática como estão meus conhecimentos. Porém, confesso que quase desisti de fazer a prova da CGU (Controladoria Geral da União). Tudo porquê, além de não ter estudado especificamente para ela, a ESAF, banca da prova, dividiu o exame em 3 provas. A primeira parte no sábado a tarde e as duas últimas no domingo, pela manhã e pela tarde. Algo extremamente cansativo.

Apesar de tudo, resolvi fazer, mas a decisão poderia ter sido diferente se antes eu tivesse visto a reportagem exibida pelo Fantástico na noite deste domingo. Uma denúncia escandalosa de fraude em concursos públicos, seja ela na esfera federal, estadual ou municipal. O fato só não me impressionou mais porquê sempre tive uma pulga atrás da orelha com isso, mas não imaginava ser tão descarado como ficou explícito na reportagem.

Casos de analfabetos aprovados, questões repetidas de concursos anteriores e até aprovação de candidatos que entregaram o gabarito em branco são um verdadeiro soco no estômago de quem se dedica e, literalmente, se sacrifica em busca de um emprego melhor, que garanta uma estabilidade.

Segundo a denúncia, em todos os estados e no DF existem casos de fraude sendo investigados. A reportagem chega a ser constrangedora em determinados momentos devido a cara de pau dos infratores. O valor cobrado em alguns casos, chega a ser de 5 mil reais por candidato aprovado, mas pasmem, se for para um grupo maior, de 8 ou 10 pessoas, eles dão desconto. Maravilha hein? Praticamente uma barganha. Eu comecei a estudar não tem nem um ano e facilmente já gastei bem mais que isso em cursinhos, livros e nas absurdas taxas de inscrição dos concursos.

É triste, lamentável, desolador... enfim, sobram adjetivos para classificar esse tipo de denúncia. Mas  o pior de tudo é que foi, é, e sempre será assim. O brasileiro tem um falso moralismo escancarado. As pessoas criticam atitudes fraudulentas, mas quando se veem diante de uma possibilidade, a grande maioria não pensa duas vezes e corrobora com ela. É a famosa malandragem tupiniquim, do tipo "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".

Parece carma, mas estou chegando a conclusão que escolhi causas um tanto quanto difíceis para defender. Acessibilidade e principalmente a igualdade são coisas cada vez mais e raras de se ver.

Link da reportagem: http://tinyurl.com/d5rlmpt

"The nature of our motivation determines the character of our work"

Na vitrola:

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